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Bancos de investimento enfrentam fraqueza em mercados emergentes

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26/12/2012 - 10:28

Enfrentando dificuldades em seus mercados tradicionais com receitas fracas e regras mais duras de capital e nível de endividamento, os bancos de investimento estão agora enfrentando problemas em negócios que eram tidos como mais promissores, os mercados emergentes.

As comissões estão recuando por causa de uma acentuada queda na atividade de ofertas iniciais de ações e fusões nessas economias emergentes.

Por conta do cenário econômico instável e fraqueza no valor das ações, não chega a ser surpreendente que os volumes de operações globais estão sendo atingidos. Mas o recuo nos mercados emergentes, uma área em que os bancos tinham fortes esperanças para guiar o crescimento, está especialmente íngreme.

A situação é um dos principais fatores que têm forçado muitos bancos a reavaliarem seus negócios com bancos de investimento nas regiões emergentes, justamente onde mais se expandiram nos últimos anos, afirmou James Sproule, diretor de pesquisa de mercados de capitais na Accenture, em Londres.

Ele estima que os bancos ocidentais conduziram mais da metade de todas as operações de financiamento envolvendo ações em mercados emergentes no ano passado, comparado com nível de apenas 22% em 2005.

A maior parte dos recursos foi obtida com ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), onde os bancos coordenadores deste tipo de operação ficam com 3% a 4% do dinheiro levantado junto a investidores. E conforme os IPOs em mercados emergentes foi crescendo, as comissões dos bancos também aumentou, atingindo US$ 6,5 bilhões em 2007, uma alta de seis vezes desde 2000.

Mas agora um doloroso retrocesso começou.

As comissões por IPOs em mercados emergentes caíram praticamente pela metade em 2012 em relação ao ano anterior, para US$ 2,8 bilhões, segundo dados compilados pela Thomson Reuters. Enquanto isso, operações de fusão nessas regiões caíram 16% sobre 2011, ante um recuo de 4% no mundo.

O tamanho das operações também tem sofrido. Uma oferta de ações do Santander no México, de US$ 4 bilhões, assumiu o topo de IPOs este ano, muito longe de 2009 e 2010, quando houve operações gigantes como do Agricultural Bank of China, que levantou US$ 22 bilhões, e o IPO de US$ 9 bilhões do Santander em São Paulo.

"Estamos vendo os bancos tendo que tomar decisões estratégicas. Eles podem avaliar, por exemplo, que muita gente foi para a Índia e que talvez haja mais oportunidades na Tailândia", afirmou Sproule, da Accenture.

A economia de gastos tem sido brutal em sua escala. O Citi, por exemplo, anunciou cortes de 11 mil empregos no mundo e vai fechar operações em mercados emergentes como Turquia, Uruguai e Romênia. Isso ocorreu meses depois que a instituição vendeu participações compradas em tempos mais otimistas no turco Akbank, no indiano HDFC e no chinês Shanghai Pudong.

Enquanto isso, o crescimento econômico de regiões como as formadas pelo grupo de países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) tem sofrido. A expansão do PIB na Índia e China tem sido a mais lenta em uma década, e o Brasil está passando por crescimento praticamente zero.

Fonte:Folha.com


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