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Bancos como HSBC já estruturam operações bilionárias no exterior

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20/12/2012 - 10:13

Um exemplo do potencial de empréstimos que pode irrigar as companhias no Brasil são as operações realizadas pelo HSBC. Nos últimos três anos, o banco liderou empréstimos no mundo de US$ 16 bilhões em financiamentos baseados em reservas, em operações que variaram entre US$ 500 milhões e US$ 4 bilhões. Entre os projetos financiados está um empréstimo para a petroleira Kosmos que ofereceu como garantias reservas do campo de Jubilee, um gigante descoberto em águas profundas na costa de Gana, na África.

Sergio Monaro, diretor executivo do HSBC responsável pela área de project finance, observa que o processo precisa ser célere, principalmente no que diz respeito à possibilidade de rápida transferência do controle das reservas de um operador para outro. O problema atualmente é que a ANP só permite que seja concessionário uma empresa de petróleo, seja operador ou não. É nesse ponto que a legislação precisa ser mais específica, explica Monaro.

Alexandre Castanheira, superintendente de mercado de capitais e renda fixa do Morgan Stanley, frisa que os bancos querem poder ter o direito sobre a concessão, para no momento seguinte encontrar outro operador para aquele campo. Os bancos já conversam com a ANP sobre o tema. Castanheira explica que a dificuldade atual está na necessidade de um arcabouço legal para proteger a instituição e garantir a resolução do problema rapidamente em caso de falência.

"Como trazer um operador numa situação dessas? Aí que mora a dificuldade. Mas assim que essas regras forem esclarecidas junto à ANP, deve aumentar a quantidade de investimentos no setor, já que em muitas situações as empresas tem ativos mas não os recursos para desenvolver sua produção", afirma Castanheira.

Silvana Bianco, chefe de óleo e gás na área de project finance do Itaú BBA, alerta o fato de as novas empresas brasileiras do setor petrolífero estarem na fase de desenvolvimento da sua produção. A partir de agora, o curso natural desses projetos é que eles evoluam rapidamente.

Para estruturar esses projetos não só o HSBC mas outros bancos de grande porte no exterior contam com uma equipe própria de geólogos e geofísicos capazes de analisar detalhadamente dados sobre reservas em diferentes estágios de conhecimento (possíveis, prováveis e provadas) e assim avaliar o grau de dificuldade, e custos envolvidos.

"Existe uma fase embrionária em que é possível conceder um empréstimo ponte com prazo de até dois anos, feita quando o nível [de conhecimento] é mais limitado. Quando o projeto tem maior maturidade e visibilidade é possível remodelar o empréstimo para um novo patamar se o banco tiver segurança de que aquela produção vai ser atingida", afirma Monaro, do HSBC. "Nesse caso, um empréstimo baseado em produção pode ter prazo de sete a oito anos", explica.

Fonte: Valor Econômico
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