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Banco chinês busca mais relevância

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11/11/2014 - 09:29

Gigantes mundiais do setor, três dos maiores bancos chineses chegaram muito discretamente ao Brasil nos últimos cinco anos. E assim se mantêm. Mas, agora já instalados, Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), China Construction Bank (CCB) e Bank of China querem adquirir mais relevância no mercado local, o que pode incluir aquisições e o varejo.

Juntos, esses três bancos somam US$ 8,2 trilhões (R$ 20,9 trilhões) em ativos, o que equivale a mais de três vezes o total do sistema bancário brasileiro ou a cerca de 15 Bancos do Brasil, maior banco do país. Por aqui, no entanto, as subsidiárias dos bancos chineses ainda são pequenas, com R$ 16,3 bilhões em ativos, sendo que a maior parte deles é do CCB. E, apesar dos planos de expansão, a ideia não é ter localmente tamanho compatível com os ativos trilionários que possuem na China.

Entre os principais objetivos estão ampliar o leque de produtos oferecidos e engordar a carteira de clientes, sem deixar de lado o que tem sido o eixo de seus negócios no país: dar apoio ao comércio bilateral entre as duas economias.

Os executivos dos bancos chineses não costumam conceder entrevistas. Procurados pelo Valor, ICBC e Bank of China aceitaram apenas responder perguntas por e-mail. O CCB, que ainda se instala no país, não se pronunciou.

Maior banco do mundo, segundo dados compilados pela SNL Financial, o ICBC entrou no Brasil em 2013. Para conquistar um porte de maior relevância no mercado brasileiro, a instituição avalia a compra de outros bancos. "Nunca descartamos a possibilidade de comprar uma instituição financeira no Brasil, mas a aquisição deverá ocorrer em momento oportuno e cumprir com os requisitos estratégicos do ICBC", afirma Guicai Zhao, presidente do ICBC no Brasil.

O executivo explica que o banco busca prestar serviço às empresas chinesas que estão entrando no mercado global, além de participar de projetos que envolvam infraestrutura e recursos energéticos do Brasil. O desenvolvimento de produtos locais de financiamento ao comércio também é avaliado.

Nos planos de expansão do ICBC no Brasil também está a entrada no concentrado segmento de varejo. "O impressionante e atual volume dos negócios entre o Brasil e a China e o desenvolvimento futuro e ilimitado das relações bilaterais destes países são fatos que nos levam a considerar a viabilidade de instaurar agências no Brasil", diz Zhao. Atualmente, o ICBC oferta apenas serviços de banco de atacado.

O Bank of China já possui agência no Brasil e oferece para empresas serviços de conta corrente, transferência de recursos em renminbi, derivativos e contratação de câmbio. Para as pessoas físicas, o banco também tem conta corrente, aplicações em Certificados de Depósito Bancário e empréstimos.

Zhang Dongxiang, presidente do Bank of China do Brasil, explica que o objetivo do banco é dar suporte financeiro às operações das empresas, sejam de capital chinês ou locais, bem como pessoas físicas.

No primeiro semestre do ano, a filial brasileira do banco recebeu um aumento de capital de R$ 111,4 milhões, que quase dobrou seu patrimônio líquido, de acordo com o balanço semestral. Questionado sobre uma possível aquisição no Brasil, Zhang disse que "tal questão será definida conforme o desenvolvimento dos negócios do BOC no Brasil".

O CCB entrou no país por meio de uma aquisição. Em novembro do ano passado, o CCB fechou a compra de 72% do BicBanco, que era controlado pela família Bezerra de Menezes, por R$ 1,62 bilhão. Agora, os ex-controladores do banco e o CCB discutem um ajuste no valor, que deve ser reduzido em R$ 287,8 milhões depois de algumas perdas que o BicBanco teve.

Valor apurou que um quarto banco estatal chinês também estaria sondando o mercado brasileiro.

Explorar a forte relação comercial entre os dois países é o principal interesse desses bancos no Brasil. A China é o principal destino das exportações brasileiras e a maior fonte das importações feitas pelo país. Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China, diz que os bancos naturalmente focam no segmento pois têm maior familiaridade. "Os bancos chineses nem sempre conhecem bem as empresas brasileiras."

 

Fonte: Valor Econômico

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