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Banco Central: Captação da poupança cai pela 1ª vez em 2 anos

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08/05/2014 - 09:45

O resultado do mês passado inclui ainda R$ 3,347 bilhões de rendimentos creditados nas contas dos poupadores. Por isso, o saldo total da poupança cresceu para R$ 614,985 bilhões, ante R$ 612,911 bilhões em março, apesar do recuo na captação. O resultado da caderneta, no acumulado do ano, soma R$ 4,120 bilhões.



Diferença entre saques e depósitos ficou negativa em R$ 1,2 bi, o que não ocorria desde 2012

Diante da inflação em alta e do aumento da rentabilidade de fundos de investimento, a poupança registrou captação líquida negativa pela primeira vez em mais de dois anos. Os saques superaram os depósitos em R$ 1,273 bilhão em abril. Enquanto os depósitos somaram R$ 122,8 bilhões no mês passado, as retiradas foram de R$ 124,1 bilhões.

A última vez que a caderneta teve resultado negativo foi em fevereiro de 2012, quando os saques foram maiores que os depósitos em R$ 412,5 milhões. O desempenho mais fraco da aplicação, segundo Miguel Oliveira, diretor-executivo de estudos econômicos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), se explica por inflação em alta, pela elevação da taxa básica (Selic) e pelo endividamento das famílias.

Segundo ele, o cenário mudou entre 2013 e 2014. Até recentemente, o retorno da aplicação, considerada conservadora, ganhava de muitos fundos de renda fixa. Com a volta da Selic aos dois dígitos, depois de a taxa sair de 7,25% ao ano em abril do passado para 11% ao ano no mês passado, a caderneta perdeu atratividade frente a outras modalidades de investimento.

Somam-se a isso as expectativas de inflação próximas do teto da meta, de 6,5% ao ano, que tornam a rentabilidade real da poupança negativa e impulsionam a migração para alternativas mais interessantes. “Com a inflação em alta o brasileiro ficou com o orçamento mais apertado e passou a sacar da poupança ou deixou de guardar para ficar com as contas em dia”, ponderou Oliveira. “Esse cenário deve perdurar nos meses à frente.”

Taxa

Nos cálculos de Oliveira, a poupança só ganha de fundos que têm taxa de administração acima de 2,5% ao ano. Pelos dados da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a taxa média de administração dos fundos referenciados DI em janeiro era de 0,73% para qualquer cliente. Só para varejo a média era maior: 1,17%.

A regra da poupança mudou em 2012. Hoje, quando a taxa Selic está em 8,5% ao ano ou abaixo desse nível, a caderneta rende 70% do juro básico mais a variação da Taxa Referencial (TR). Acima disso - caso do atual momento - a poupança rende 0,5% ao mês ou 6,38% ao ano, mais a TR.

Fonte: O Popular 

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