Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Balança tem superávit de US$ 16,6 bi até 3ª semana de dezembro

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
23/12/2015 - 08:29

Exportações no ano, até agora, somaram US$ 185,2 bilhões.
Apenas na terceira semana de dezembro superávit foi de US$ 850 milhões.

balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 16,6 bilhões no acumulado de 2015 até a terceira semana de dezembro, informou nesta terça-feira (22) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

No período, as exportações somaram US$ 185,2 bilhões e, as importações, US$ 168,6 bilhões. A diferença entre os dois valores resulta no superávit de US$ 16,6 bilhões.

Somente na terceira semana de dezembro, o superávit da balança comercial brasileira foi de US$ 850 milhões, resultado de exportações que totalizaram US$ 3,6 bilhões e importações de US$ 2,7 bilhões.

Apesar do saldo positivo no ano, até a terceira semana de dezembro as exportações brasileiras registram média diária de US$ 765,5 milhões, valor 14,5% menor que o registrado em igual período do ano passado (US$ 895,6 milhões).

Porém, as importações tiveram queda ainda maior, de 23,9%, com média diária de US$ 696,6 milhões em 2015 contra US$ 915,6 milhões no mesmo período de 2014. Por isso a balança tem superávit.

O ministro do Mdic, Armando Monteiro, disse que o Brasil viveu um ano difícil na economia e que o ajuste fiscal impactou em especial a atividade da indústria brasileira.

"Foi um ano difícil para a economia brasileira, ano de ajuste fiscal que não se completou e isso impactou o nível de atividade da economia, da indústria de maneira muito efetiva", disse.

Ele apontou que, apesar disso, exportadores brasileiros foram beneficiados pela forte desvalorização do real, que tornou os produtos brasileiros mais baratos lá fora.

"A gente tem que aproveitar essa janela que o câmbio nos deu de oportunidade para retomar os canais de exportação", disse. "Em 2016, vamos colher resultados ainda mais expressivos", completou.

Commodities
Monteiro apontou que o resultado da balança comercial poderia ter sido melhor em 2015, se não fosse a queda no preço das commodities, que formam os principais produtos de exportação do Brasil.

De acordo com ele, o baixo valor da soja, petróleo e minério de ferro, que têm grande peso nas vendas exteriores do país, fez com que o Brasil perdesse cerca de US$ 30 bilhões neste ano. "Se tivéssemos os mesmos preços de 2014, teríamos aumentado o valor das exportações", disse ele.

Previsão para 2016
O ministro disse que mantém a sua previsão para o resultado da balança comercial no ano que vem: superávit (exportações maiores que importações) de US$ 35 bilhões.

Monteiro disse que não espera uma recuperação dos preços das commodities minerais (minério de ferro, petróleo) em 2016, mas acredita que os preços das agrícolas pode voltar a subir, o que deve ajudar na melhora do resultado da balança.

"Não vislumbro recuperação de preços das commodities minerais mas nas commodities agrícolas podemos ter alguma recuperação de preços", disse.

O ministro também disse esperar por um aumento das exportações de produtos manufaturados brasileiros, em especial os veículos.

"Setor automotivo tem muito peso e todas as indicações são no sentido de que as exportações de automóveis vão crescer no próximo ano", disse.

Política industrial
Monteiro também disse que o governo pretende adotar uma nova política industrial, desta vez voltada ao aumento da produção em micro e pequenas empresas. De acordo com ele, a escolha se deve ao fato de que, nos últimos anos, os projetos nessa área, mais abrangentes e com metas mais ambiciosas, terem sido "sacrificados pela situação macroeconômica".

"Como ainda temos um processo de ajuste fiscal em curso, seria um exercício temerário relançar uma política industrial com metas ambiciosas", disse ele. "Vamos tratar com um foco mais microeconômico, vamos atuar nas empresas para melhorar a produtividade das empresas, independente do que virá", completou.

De acordo com ele, serão selecionadas cerca de 3 mil empresas, de setores como vestuário, moveleiro, metal-mecânico e de alimentos e bebidas. As ações incluirão melhoria de processos internos dessas empresas, além de capacitação de funcionários. Há previsão de parceria com entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Fonte: G1

Tópicos:
visualizações