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Balança deve ter superávit de até US$ 8 bilhões em 2015, diz ministro

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19/06/2015 - 08:04

Avaliação foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro.
Se confirmado, saldo comercial de 2015 será o melhor em três anos.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, declarou nesta quinta-feira (18) que os resultados parciais da balança comercial brasileira, até a semana passada, indicam que o saldo do ano de 2015 fechado pode ficar superavitário (exportações menos importações) em um valor entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões.

Essa foi a primeira vez que o governo citou uma previsão para o superávit comercial deste ano. Até então, os integrantes do Ministério do Desenvolvimento, responsáveis pela divulgação dos resultados comerciais brasileiros, se limitavam a informar que projetavam um saldo positivo, mas sem falar em números. A aposta do mercado financeiro é que o superávit seja menor do que o citado pelo ministro: de US$ 3 bilhões em 2015.

Se confirmada a estimativa de Armando Monteiro Neto, o saldo comercial deste ano será o melhor resultado desde 2012, quando foi registrado um superávit de US$ 19,39 bilhões – ou seja, em três anos. Em 2013, o saldo ficou positivo, com superávit, mas em menor proporção: +US$ 2,28 bilhões. Em 2014, houve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,93 bilhões – no que foi o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000.

"Tínhamos, até o final de fevereiro, um déficit acumulado de US$ 6 bilhões [na balança comercial]. Posso dizer que, já na segunda semana de junho, a balança virou. Estamos com resultado superavitário. Qualquer exercício de futurologia nessa área é temerário. Mas o que posso afirmar é que temos muita confiança que vamos ter um superávit expressivo. Se em menos de quatro meses conseguimos transformar um déficit acumulado de US$ 6 bilhões [até fevereiro] em um superávit de US$ 349 milhoes, projetar isso para o segundo semestre, mantida essa tendência, nos apontaria para um resultado que se situaria entre US$ 5 bilhões e 8 bilhões [em 2015 fechado]", disse o ministro do Desenvolvimento.

Resultado 'virou' na semana passada
Na semana passada, a balança comercial registrou um superávit de US$ 678 milhões na última semana. Com isso, o saldo da balança comercial, no acumulado do ano, "virou" e passou a ficar no azul – ou seja, com mais exportações do que compras do exterior. Foi a primeira vez que a balança comercial fica positiva na parcial de 2015.

De acordo com informações oficiais, alguns fatores impulsionaram o saldo da balança comercial neste ano. Entre eles, a "exportação", neste mês, de uma plataforma de extração de petróleo no valor de US$ 690 milhões. Neste tipo de operação, que já foi realizada em anos anteriores, a plataforma não chegou, porém, a sair do Brasil.

Ela foi comprada de fornecedores brasileiros por subsidiárias no exterior e depois "internalizada" no Brasil como se estivesse sendo "alugada", mesmo sem deixar o país fisicamente. Esse expediente – que é legal e está de acordo com as regras internacionais – permite às empresas do setor recolherem menos tributos. O processo é chamado de "exportação ficta".

Além disso, o baixo nível de atividade econômica também tem "ajudado" o saldo comercial em 2015. Em maio deste ano, por exemplo, as importações atingiram o menor patamar, para todos os meses, desde dezembro de 2010 – ou seja, em quase quatro anos e meio. No acumulado deste ano, até este domingo (14 de junho), as compras do exterior recuaram 17,7%, patamar acima da queda de 14,6% nas exportações neste mesmo período.

Relação com os Estados Unidos
As declarações do ministro do Desenvolvimento foram dadas antes do coquetel de abertura da 9ª reunião do Fórum Brasil-Estados Unidos de Altos Dirigentes de Empresas, em Brasília. Além de Monteiro Neto, também estão presentes no coquetel o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Segundo Monteiro Neto, o Brasil está em um período de "relançamento" das relações com os Estados Unidos, com a programação da viagem da presidente da República, Dilma Rousseff, no fim de junho ao país – após o adiamento ocorrido em 2013 em meio à denúncias de que a agência de segurança norte-americana, a NSA, espionou a presidente Dilma, seus assessores e também a Petrobras, segundo revelou o programa Fantástico.

"Essa retomada das reuniões do Fórum [entre os dois países] e a visita da presidente Dilma aos EUA marca um novo momento das relações. O fórum começa a travalhar amanhã, mas há questões com convergência de visões. É preciso trabalhar em uma agenda de facilitação do comércio e de convergência regulatória. Há hoje dificuldades de acesso de produtos brasileiros ao mercado americano por barreitas não tarifárias, que dizem respeito a normas, que precisamos ter harmonização", disse Monteiro Neto.

Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o objetivo do encontro de dirigentes de empresas brasileiras e norte-americanas é aprofundar parcerias e contribuir para os acordos que devem ser firmados na visita de Dilma aos Estados Unidos.

"Em Saúde, estamos discutindo possibilidade de acordo, no sistema de diagnóstico, com tecnologia inovadora, de baixo custo, para população brasileira. Deveremos discutir possibilidade de parceria no âmbito de banda larga de alta velocidade. Estamos buscando maior participação e investimentos americanos na nossa agenda de concessões em portos, aeroportos, estradas, ferrovias", declarou Mercadante.

Fonte: G1

 

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