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Baixa renda: Faltam terrenos e infraestrutura para construir novas moradias

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01/03/2013 - 09:45

Construtoras dizem que esses são os principais entraves em Goiás para sanar o déficit habitacional

A falta de terrenos e de infraestrutura é um dos principais entraves para sanar o déficit de 163 mil unidades habitacionais para a baixa renda no Estado a médio prazo. A conclusão é de representantes da indústria da construção civil que participaram ontem de um seminário com o propósito de discutir o panorama da habitação popular em Goiás.

As construtoras destacam encontrar dificuldade na aquisição de áreas compatíveis aos anseios da demanda. Segundo relatos, hoje, o maior apelo das famílias com renda de até três salários mínimos é por morar próximo ao local de trabalho. Essas áreas, porém, tiveram o preço elevado nos últimos tempos, por conta do avanço do crédito imobiliário, dificultando a compra.

“Buscamos terrenos para ocupar os vazios urbanos com a construção de moradias populares. Mas existe a dificuldade de encontrá-los e de adequá-los ao orçamento. Por isso acreditamos na redefinição do perímetro urbano da cidade para a geração de áreas de habitação social”, afirma o diretor da Comissão da Indústria Imobiliária do Sinduscon, Roberto Elias.

A falta de terrenos compatíveis ao orçamento das construtoras é um dos principais problemas para a execução do Minha Casa, Minha Vida – programa do governo federal voltado para sanar o déficit habitacional justamente desse segmento. Devido ao alto custo dos lotes, construtoras e prefeituras não conseguem achar áreas dentro de sua perspectiva financeira e os planos acabam transferidos para áreas limítrofes ao perímetro urbano.

Na faixa de renda familiar de até três salários mínimos - principal foco do programa -, o custo de um casa de 39 metros quadrados tem de ser de R$ 56 mil. Na prática, a construtora tem de construir cada casa com este recurso, estando incluso ai o preço do terreno e do acabamento.

Pelas regras, os empreendimentos têm de ter infraestrutura completa, como asfalto e saneamento, para entrar no programa. O presidente do Sinduscon-GO, Justo Cordeiro, destaca ser necessário ampliar os serviços públicos em áreas destinadas à habitação popular. “Com esses serviços e o preço do terreno mais acessível, o setor teria oportunidade de construir mais”, frisa.

O secretário de Obras de Goiânia, Wagner Siqueira, avalia que, de fato, existe o estrangulamento de áreas para a construção de projetos habitacionais para famílias de baixa renda e que, mesmo assim, a prefeitura trabalha para construir 40 mil unidades populares nos próximos anos, conforme meta assumida pelo prefeito Paulo Garcia (PT).

Segundo ele, 2 mil unidades habitacionais estão sendo construídas hoje em Goiânia e 4 mil estão em finalização do processo burocrático. “Já pedimos à Secretaria de Planejamento o levantamento de áreas para que possamos construir 10 mil unidades dentro da cidade. Vamos conseguir atingir esta meta”, destaca.

O presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Marcos Abrão Roriz, por sua vez, compreende o cenário traçado pelas construtoras e diz que o Estado alterou a lei de acesso ao cheque moradia, à medida que o valor do terreno subiu para as construtoras. Hoje, o governo oferece um cheque de R$ 5 mil a R$ 20 mil para a execução de casas ou apartamento produzido, a fim de amenizar os gastos com as áreas.

Os representantes do Município e do Estado afirmam haver esforços para a implantação de infraestrutura em áreas destinadas à moradia popular, conforme as exigências do programa Minha Casa, Minha Vida, para dar celeridade ao processo.

 

Caixa anuncia mais empreendimentos

A superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF), Marise Fernandes de Araujo, afirma que novas aprovações de cadastros de empreendimentos na faixa 1 do programa – com renda familiar de até R$ 1,6 mil – devem ser feitos em 2013.

Marise avalia que o programa vem alcançando resultados positivos no Estado. Desde o seu lançamento, em 2009, mais de 120 mil famílias já foram beneficiadas. “Goiás tinha uma participação nacional de 3,7% na primeira etapa, com a contratação de R$ 2,7 bilhões em crédito. Na segunda etapa, com o PAC 2, subimos para R$ 5 bilhões em crédito”, diz.

Marise explica que já foram lançados e liberados 71 empreendimentos apenas para a faixa 1, totalizando 23.073 unidades habitacionais. “Esperamos neste ano fazer esse número crescer com o aumento da concessão de crédito em pelo menos 20%.”

 

Fonte: Jornal O Popular


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