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Apesar de economia ruim, busca por mão de obra seguiu aquecida

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21/03/2013 - 09:14

As explicações para os reajustes de salários superiores à variação da inflação vão além da atuação sindical nas negociações coletivas entre patrões e empregados. Segundo a supervisora técnica regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Leila Brito, o desempenho pífio da economia em 2012, cujo crescimento foi inferior a 1%, não repercutiu nas ações coletivas. Ela lembra que a demanda por mão de obra continuou aquecida. Essa situação garantiu poder de barganha às categorias trabalhistas durante as convenções sindicais.

Prova disso foram as quedas de braço travadas entre sindicatos de empregados e patronais do setor da construção civil. Com convenções agendadas todos os anos para os meses de maio, em 2012 as discussões atrasaram o acordo para depois da data-base. O martelo só foi batido no final de julho, após três reuniões adicionais. “Foi uma conquista importante, mas não baixamos a guarda e chegamos a um entendimento”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Goiânia (Sintracom), José Braz. A categoria obteve aumento de 11% para cargos de escritório, administrativo e mestre de obra e de 13,9% para os demais trabalhadores.

Convenções

O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Goiás (Seceg), Eduardo Amorim, afirma que as convenções são embasadas no desempenho do setor no ano anterior, mas com foco no futuro. Ele afirma que nos últimos anos o comércio manteve-se aquecido mas, em contrapartida, sofreu com a escassez de mão de obra. “Com uma família mais estruturada, o trabalhador tem condições de procurar empregos que lhe ofereçam melhor performance”, diz. Para os funcionários do comércio varejista e atacadista de Goiás, o reajuste foi de 19%.

Eduardo Amorim ressalta que nas próximas convenções serão reivindicados, além dos ganhos reais, benefícios sociais como auxílio-creche. Segundo ele, o ganho real é absorvido logo nos primeiros quatro meses após o reajuste. “Ou pela inflação ou pela readequação de gastos do funcionário”, diz. Dessa forma, a iniciativa visa beneficiar os trabalhadores de forma duradoura.

Indústria

A indústria foi o setor que mais obteve ganhos salariais reais, em 47,6% dos acordos. O presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria do Estado de Goiás (Ftieg), Luiz Lopes, explica que todos os sindicatos vinculados à instituição foram beneficiados nos acordos. Embora entenda que a freada do setor, em 2012, deva dificultar as negociações este ano, ele acredita que irá manter o poder de barganha nas próximas convenções. “Não tem como retroceder”, diz.

Fonte: Jornal O Popular

 


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