Conforme boletim da SES, já chega a sete o número de mortes no Estado. Goiânia entra na rota de alerta do Ministério da Saúde
Já chegam a sete o número de mortes em todo Estado em decorrência da dengue. Só Goiânia responde por praticamente a metade dos casos da doença em Goiás. As informações constam do boletim relativo à nona semana epidemiológica de 2015, divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). O órgão confirma que chegou a 11 o número de óbitos suspeitos e que estão sendo investigados. Das mortes confirmadas cinco são do interior e duas da capital. Houve morte relacionada à epidemia em Brazabrantes, Crixás, Morro Agudo, Rio Verde e Trindade.
Em relatório divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, Goiânia figura entre os 877 municípios brasileiros na rota de alerta contra dengue e chikungunya. Conforme o boletim da SES, já são 36.535 notificações de dengue neste ao em todo Estado, quase a metade (15.062) se refere à Goiânia. O aumento em relação ao mesmo período do ano passado é de quase 45%.
O documento da SES demonstra que apesar dos elevados números registrados em janeiro e fevereiro, nas últimas semanas esse quantitativo vem se estabilizando. O estudo da SES revela que há uma expectativa é de que a epidemia atinja o momento mais crítico por volta da 12ª semana epidemiológica do ano. Foram 5.268 notificações na quinta semana; 4.886 na sexta; 4.335 na sétima; 5.148 na oitava; e 3.081 na nona. A Secretaria de Saúde lembra que os números relativos às duas últimas semanas ainda podem ser atualizados, por conta de notificações enviadas com atraso pelos municípios.
Clima
De acordo a diretora de vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim, apesar da estabilização do número de casos nas últimas semanas, a atual configuração climática não só em Goiânia, mas em muitas outras cidades do Estado, com muita chuva e temperatura elevada, é ideal para a proliferação do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, o que pode provocar um aumento das notificações nas próximas semanas.
“O elevado número em Goiânia é natural porque é a cidade com a população maior. Mas para enfrentar isso a prefeitura já está com seu plano de contingência em ação, tanto no controle de vetores, com as forças-tarefas nos bairros com maior índice de infestação, quanto na assistência, com a mudança do fluxo de atendimento, priorizando os casos mais graves”, explica. A diretora em saúde de vigilância informa que todas as unidades de saúde, mesmo a que não funcionam 24 horas, estão prestando pronto atendimento em casos de dengue. (O Hoje).
País registra 224,1 mil casos da doença
O Ministério da Saúde informou ontem que foram registrados, de janeiro até o dia 7 deste mês, 224,1 mil casos de dengue em todo o país. O número representa aumento de 162% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considerou expressivo o aumento de casos, mas disse que a situação não se compara à epidemia de 2013, quando foram registrados 425,1 mil casos. Para ele, as condições climáticas, e até a crise hídrica, influenciaram o cenário da dengue no país
Levantamento do órgão divulgado ontem mostra que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco para epidemias de dengue e chikungunya. De acordo com os dados, 877 cidades estão em alerta para ambas as doenças. Segundo o ministério, 1.844 municípios participaram do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), de janeiro a fevereiro deste ano, e registraram aumento de 26,38% em relação aos participantes em 2014.
Os números mostram que uma capital está em situação de risco, Cuiabá, e 18, em situação de alerta: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória. (Agência Brasil)
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