O Dia dos Bancários é comemorado em 28 de agosto, como lembrança da greve de 1951, ocasião em que a categoria colocou em xeque a Lei de Greve do presidente Dutra que, desde 1946, proibia greves em vários setores, incluídos o bancário. Nesta data foi realizada uma grande assembléia, em São Paulo, na qual os bancários paulistas decretaram greve após a negativa da proposta de reajuste de 40%, salário mínimo e adicional por tempo de serviço, bancários do Rio de Janeiro e de Minas Gerais também aderiram ao movimento.
Após 69 dias de greve sob repressão, a Justiça concedeu reajuste de 31%, pondo fim à paralisação. Ainda naquele ano, a categoria conquistou a jornada de seis horas de trabalho diário para os bancários e a aposentadoria por tempo de serviço. O dia em que aconteceu essa grande assembléia foi escolhido para se comemorar o Dia Nacional do Bancário, instituído pela Lei n.º 4.368, de 23/07/1964.
De lá para cá, ouve diversas mudanças no sistema financeiro, tecnológicas e no perfil do trabalhador. A mão de obra bancária exige dia após dia maior qualificação do profissional, além disso alguns cargos, como os de escriturários e de chefias intermediárias, estão rapidamente sendo substituídos pelos serviços automatizados. O processo de ajuste nos bancos tem sido doloroso para a categoria, marcado por demissões em massa, intensificação do processo de trabalho, flexibilização da jornada e do salário. A perspectiva é que esse processo seja constante, exigindo a atualização permanente do bancário.
O movimento sindical tem um papel-chave nesse cenário, não só ao discutir a questão do emprego, mas também da formação profissional, saúde do trabalhador, e da sua remuneração. No momento em que estamos em plena campanha salarial, precisamos continuar unidos, somando forças frente aos banqueiros, para que eles reconheçam a mão de obra qualificada e que atua com disposição no cumprimento de metas, muitas vezes fora da realidade, e concedam um reajuste salarial digno.
Estamos passando por um momento financeiro tumultuado, apesar de termos a consciência de que os lucros bancários nunca foram tão altos quanto agora. Comemoramos o dia que nos é dedicado, reivindicando aos patrões reajuste salarial decente, maior participação nos lucros ou resultados, garantia de emprego, fim das metas abusivas e valorização da categoria que é ponta de flecha do movimento econômico do país.
O ano de 1951 ficou marcado pela luta dos bancários. E é ela, o melhor instrumento de valorização da nossa categoria. Temos consciência disto, e por isto, o momento de caráter festivo, pede que aproveitemos a ocasião para fortalecer nossa mobilização nesta campanha salarial. Parabéns bancários e bancárias!
#OFuturoSeFazAgoraVamosALuta
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